terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A Teoria do Yoga


A teoria do Yoga segundo o Yoga Sutra de Patanjali

Livro 1. Livro da contemplação: Shamadhi Pada

Nesta primeira parte aqui exposta (sutras 1 ao 16) do Livro da Contemplação apresenta-se a teoria do Yoga.

1.1. Agora começa o Yoga.

1.2. O aquietamento das turbulências mentais é Yoga.
“Yoga Citta Vritti Nirodah”

1.3. Aquele que vê a Si mesmo como “Eu Sou” permanece em sua própria natureza.

1.4. Em contraponto o eu parece assumir as formas das alterações mentais.

1.5. Há cinco tipos de alterações mentais, que podem ser dolorosas ou indolores (egoístas ou não egoístas).

1.6. São Elas:
Pramana: Conhecimento correto
Viparyaya: Concepção errônea
Vikalpa: Ilusões verbais
Nidra: Sono
Smritayah: Memória

1.7. As fontes de conhecimento correto (Pramana) são: Percepção direta, inferência e testemunho das escrituras Sagradas.

1.8. Concepção errônea (Viparyaya) ocorre quando o conhecimento não é baseado em verdade.

1.9. Uma imagem surge quando se ouve meras palavras sem qualquer realidade como base. Isto é ilusão verbal (Vikalpa).

1.10. O sono (Nidra) é uma flutuação fundamentada na idéia da não-ocorrência de outros conteúdos na mente.

1.11.Quando uma alteração mental de um objeto previamente vivenciado e não esquecido retorna denominamos memória (Smritayah).

Estes são os cinco Vrittis ou formas pensamento que devem ser controlados.
A pergunta é: “Como podemos controlar os Vrittis?”
É fácil dizer: “Controle a mente.” Mas na verdade ela parece estar nos controlando...

1.12. A cessação destas alterações mentais realiza-se pela prática e desapego.

1.13. Destes dois, o esforço em direção à estabilidade da mente é a prática.

1.14. A prática se torna firme quando: Bem desempenhada por longo tempo
Sem interrupções
Com total dedicação e atenção

1.15. A consciência de autodomínio na pessoa que está livre do exagerado desejo por objetos que viu ou que ouviu falar, visíveis ou invisíveis é desapego.

1.16. Quando não há desejo nem mesmo pelos Gunas (qualidades do Universo), devido à compreensão do Purusha (verdadeiro Eu), atingiu-se o desapego elevado.


Fontes de pesquisa:
Os Sutras do Yoga de Patanjali – Transcrito e comentado por Swami Satchidananda.
A Tradição do Yoga – Georg Feurstein


Davi Camilo

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